E se a sua motivação nunca mais dependesse do seu chefe?
- Juliana Martins
- 25 de jun.
- 2 min de leitura

"Estou desmotivada porque meu líder não reconhece meu trabalho."
"Se eu ganhasse um bônus mais alto, eu faria muito mais."
"Não vejo sentido em nada do que faço..."
Você já pensou em quantas vezes colocamos nossa motivação nas mãos e alguém ou de algo externo?
O problema é que motivação emprestada tem prazo de validade.
E, quando ela acaba, a gente se arrasta - ou desiste.
A motivação real nasce quando a atividade em si é o fim.
É quando o ato de fazer já é recompensador.
Quando o prazer está no processo, e não apenas no reconhecimento.
É quando você não corre atrás de aplausos - mas da sensação de presença, domínio, contribuição e propósito.
Isso tem nome: motivação intrínseca.
E é ela que faz a diferença entre quem apenas cumpre tarefas e quem realmente deixa a sua marca.
O ciclo vicioso da motivação extrínseca:
Quando sua motivação depende de fatores como:
Um líder que te inspire
Um projeto que te excite
Uma recompensa no fim do mês.
Você se torna reativo(a).
Trabalha apesar de. Não por causa de.
E, aos poucos, troca a autonomia pela espera constante de estímulo externo.
O que os estudos mostram:
De acordo com Edward Deci e Richard Ryan, criadores da Teoria da Autodeterminação, a motivação sustentável está ligada a três necessidade psicológicas básicas:
Autonomia - sentir que você escolhe.
Competência - perceber que você evolui.
Relacionamento - saber que você pertence.
Nada disso precisa vir de fora. Tudo pode ser cultivado de dentro para fora.
E se você passasse a ver seu trabalho como um fim em si mesmo?
Não pela promoção.
Não pelo "parabéns".
Mas pelo ato de criar, construir, aprender, contribuir.
Essa é a verdadeira liberdade. E talvez, o verdadeiro sucesso.
Deixo aqui uma pergunta para a sua reflexão:
"O que você faria se ninguém fosse te aplaudir no final?"
Se a resposta ainda for "nada", talvez esteja na hora de resgatar o sentido - e não o estímulo.
댓글